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Santa Casa de Mogi diz que precisará de verba de empréstimos ou de emendas para o PS

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O Pronto-Socorro da Santa Casa de Mogi das Cruzes continua com atendimentos após acordo com a Prefeitura

Nesta segunda-feira (27), o Pronto-Socorro da Santa Casa de Mogi das Cruzes deu continuidade aos seus serviços, graças a um acordo firmado entre a instituição e a Prefeitura. O convênio foi prorrogado por mais 180 dias, garantindo assim o atendimento às demandas de urgência e emergência na região.

O presidente do Conselho Fiscal da Santa Casa, Flávio Ferreira Mattos, ressaltou que a unidade buscará recursos por meio de empréstimos bancários ou solicitação de emendas parlamentares para garantir a continuidade dos atendimentos durante o período prorrogado pela Prefeitura.

"É preciso mais um médico no corredor para cuidar das pessoas que estão ficando no corredor, mais um fisioterapeuta, um ginecologista para cuidar das gestantes que chegam no PS... Isso custa valores, não tem como não falar de financeiro nessa hora. Nós temos a questão do piso da enfermagem, que para nós impacta bastante, e a questão dos dissídios dos funcionários e ajustes honorários médicos, que estão há dois anos sem essa aplicação. Então, neste momento, faz-se necessário alguns ajustes financeiros, que hoje não é possível devido ao orçamento da Prefeitura", afirmou Mattos.

A falta de recursos tem sido um problema enfrentado pela Santa Casa de Mogi das Cruzes nos últimos anos. O hospital tem lidado com superlotação e tem sido necessário que pacientes aguardem por mais de 24 horas nos corredores aguardando transferências para serviços especializados. Essa situação tem preocupado a instituição, que tem exigido uma solução por parte da administração municipal para melhorar o atendimento no Pronto-Socorro.

Entenda o caso

No dia 23 de janeiro, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, divulgou um vídeo nas redes sociais informando que a Santa Casa suspenderia os atendimentos de urgência e emergência a partir do dia 27. Essa declaração gerou grande preocupação na população.

No entanto, no dia 24, Cunha anunciou que a Prefeitura e a Santa Casa chegaram a um acordo para que o Pronto-Socorro continuasse operando. "Após a coletiva de imprensa, a Santa Casa veio até a Prefeitura e reconheceu a situação preocupante de fechar as portas e prejudicar a população. Nesta reunião, a Santa Casa aceitou a proposta da Prefeitura, sem o aumento solicitado anteriormente, que era de 38%", informou o prefeito.

Problemas financeiros e aumento dos repasses

Os problemas entre a administração municipal e a Santa Casa de Mogi das Cruzes não são recentes. A unidade de saúde tem enfrentado dificuldades financeiras desde 2021. Para que o convênio fosse mantido, o repasse mensal da Prefeitura foi aumentado de R$ 992 mil para R$ 2,236 milhões em dois anos.

Foram realizados dois aumentos de recursos: em maio de 2021, o repasse passou de R$ 992 mil para R$ 1,24 milhão por mês, e em dezembro do mesmo ano, foi novamente aumentado para o valor atual de R$ 2,236 milhões por mês. Esse valor será mantido durante a prorrogação do contrato.

A Santa Casa de Mogi das Cruzes desempenha um papel fundamental no atendimento à população da região, sendo referência em serviços de saúde. A continuidade dos atendimentos no Pronto-Socorro é uma medida que visa garantir o acesso da população a serviços de saúde de qualidade e de forma emergencial.

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